Adesso Mundo

Um lagão enorme de água azul-turquesa, construções bonitinhas em volta e uma colina com um castelo lá em cima. Não, não se trata do cenário de um conto de fadas. Na verdade, trata-se do cenário do Mundial de Remo deste ano: a cidadezinha de Bled, na Eslovênia. Meu encontro com a cidade-fofura foi ao acaso. Queríamos na realidade comprar passagens da capital Ljubljana até um famoso complexo de cavernas do país. Ao chegarmos na estação, porém, não havia mais ônibus em horários compatíves com o prosseguimento de nosso itinerário (trem para Zagreb). A moça da informação turística - muito simpática, como toda eslovena que se preze - sugeriu que passássemos o dia no lugarejo com o lago cristalino no meio. Uma boa ideia. Caso você se veja meio sem rumo em Ljubljana, tanto Bled quanto a caverna bacana merecem sua visita. Ambos ficam a cerca de uma hora de ônibus da capital. As partidas ocorrem na frente da estação de trem e a moça do caixa até te dá um papelzinho com o horário dos próximos com

O caminho mais fácil entre as galáticas Assis e Veneza passa, quem diria, pela gloriosa estação férrea de Terontola-Cortona, inaugurada em 1875. A cidade, chamada apenas de Cortona, fica na própria região da Toscana e é habitada por 22 mil seres humanos. Se o lugar é bonito? Deve ser, mas eu pouco vi além da tabacaria que fica do outro lado da rua da já citada estação. Eram 23h. O ponto alto da nossa estadia no lugarejo foi o fato de ninguém ter fechado a salinha de espera da estação - em tese, as pessoas que esperam por conexões depois das 22h (nós) devem fazê-lo ao relento. Sorte nossa e da moça que nos fez companhia por uns minutinhos, passou um repelente que nos causou espirros (!) e foi embora. Banheiro relativamente limpo e de graça também é um ponto alto do local. O destaque histórico fica por conta de São Francisco de Assis, que morou a vida inteira na região e passou seus últimos dias justamente na cidade de Cortona. Por essa você não esperava! Nem eu. ** O banheiro de Teronto

Situada a 50km da amada, idolatrada, salve-salve capital tcheca, Poděbrady pode ser a salvação da pátria para quem quer visitar Praga e não acha hospedagem boa e barata (todo mundo). A cidade em si, de apenas 13 mil habitantes, não tem nada de mais. Ouvi rumores de que há um castelo na redondeza, mas não fazia muito sentido passar nosso escasso tempo em Poděbrady (pronuncia-se 'Podiêbradi') quando se tem Praga a apenas 40 minutos de trem. Na realidade, o único lugar que conheci bem foi a estação ferroviária do lugar. Sensacional foi comprar passagens para a capital com uma atendente de meia-idade monoglota. "Dober dan. Praha!", declarei, tentando pronunciar bem todas as letras para melhor compreensão da senhora. Até esse ponto tudo bem, 80% dos passageiros devem se dirigir a 'Praha'. Mas e para explicar que queríamos duas passagens de ida e volta? Graças a Deus pela mímica e pela calculadora - por onde a tcheca me mostrou a quantia a ser paga. Eles ainda aceit

Na moribunda revista "Viagem e Turismo" - que marcou minha infância -, havia uma seção chamada de "Eu fui". Nela, os leitores eram desafiados a enviarem fotos comprovando que já haviam visitado os lugares mocados propostos pelo periódico. Agora, chegou a minha vez. Lanço aqui o desafio: alguém de vocês já esteve em uma dessas cidades bizarras e bem pouco conhecidas nesse país tropical? ** Não podia faltar Hribarjevo nabrezje.